Muitas empresas dedicam suas energias a desenhar uma estratégia detalhada, com alvos claros sobre onde querem estar daqui a cinco anos.
Porém, porque nem sempre elas conseguem alcançar o resultado desejado? Uma das respostas a esse questionamento é clara e passa por uma cultura organizacional consolidada!
Os desafios diários demandam uma equipe preparada para adaptar a rota sem se perder o foco do destino. Mas a verdade é que, sem uma cultura preparada e alinhada com os objetivos de longo prazo, a estratégia da empresa se perderá nos primeiros desafios.
Segundo o psicólogo e professor do MIT Edgar Schein, a “Cultura representa, para grupos e organizações, o mesmo que o caráter para indivíduos”.
Desenvolver a cultura de uma empresa é mais do que pregar um cartaz na parede, mandar um e-mail marketing ou fazer um happy Hours na sexta, apesar de tudo isso contribuir. É cultivar um elemento vivo, que as pessoas de fato assumem como verdade compartilhada, não declarada, mas percebido pelas entrelinhas.
É difícil copiar uma cultura porque ela não surge de um dia para o outro. Precisa ser cultivada diariamente, em discursos e práticas. Hoje, cultivar uma cultura corporativa alinhada aos objetivos da empresa não é apenas a estratégia mais adequada para um grande gestor. É a única viável.
COMO É FORMADA A CULTURA ORGANIZACIONAL DE UMA EMPRESA?
Muitas empresas começam a criar a cultura organizacional pela visão, missão e valores. Mas como saber tudo isso sem antes ter em mente o que você quer para sua empresa e onde quer chegar?
Responda as perguntas abaixo e comece a desenhar a cultura da sua empresa:
1. Sua cultura é missionária ou mercenária? Estamos aqui para ganhar dinheiro e ser eficiente ou por uma causa?
2. As coisas acontecem de um jeito estruturado ou flexível? Na sua empresa tem processo para tudo ou cada um faz o que quer?
3. É preferível pensar sobre um problema ou sair executando e aprender no caminho?
4. Damos mais valor ao controle ou delegamos bem?
5. Ter cuidado na ação ou existe permissão ao risco?
6. Sua empresa lida com pessoas de um jeito diplomático ou direto?
7. Na sua empresa as pessoas são individualistas ou trabalham mais em grupo?
8. Vale mais o que acontece dentro de casa ou fora de casa?
DIAGNOSTICANDO A CULTURA E COLOCANDO ELA EM PRÁTICA
Segundo Leonardo Boff, “todo ponto de vista é a vista de um ponto. Para entender como alguém lê, é necessário saber como são seus olhos e qual é a sua visão do mundo”.
Por isso, para conhecer a cultura é preciso ter mente, coração e vontade abertos para o que está ao redor.
O pesquisador do MIT Otto Sharmer organizou algumas formas de entender o outro e o entorno em quatro níveis, que compõem a Teoria U:
Piloto automático
O ouvinte interpreta as informações a partir do seu próprio ponto de vista, como se o outro tivesse o mesmo repertório.
Escuta objetiva
Você começa a perceber as diferenças na fala do outro, mas apenas concorda ou discorda. Dentro de uma conversa, é o que chamamos de nível do debate.
Escuta empática
Na escuta empática, o indivíduo desenvolve uma conexão emocional com o outro e entra em uma investigação reflexiva. Não tem necessidade de concordar ou discordar, apenas se coloca no lugar do outro.
Escuta generativa
Quando, além do ponto de vista de outra pessoa, o ouvinte consegue dar atenção ao campo, ao seu entorno. O nome generativo (gerador) se refere à capacidade criadora desse grau de percepção, quando as informações estão ancoradas na realidade da empresa, e não apenas em suposições e crenças.
Agora responda uma pergunta: qual é o nível de escuta que mais se encaixa na sua gestão?
É importante ressaltar que não existe um nível de escuta melhor que o outro. Eles são diferentes e se aplicam melhor a situações diferentes.
Se depois dessa breve introdução sobre a importância da cultura organizacional você ficou com alguma dúvida deixe seu comentário aqui em baixo. No próximo blog entraremos mais a fundo nesse assunto tão relevante para construir uma empresa forte e relevante!
POR Redação Grupo Ativo
